Conversar é algo que fazemos todos os dias, no entanto, nem sempre é fácil estabelecer um bom diálogo com alguém que acabamos de conhecer. Por exemplo, quando estamos em consulta com um profissional de saúde pode ser difícil falar sobre nossos sintomas e como percebemos a nossa doença. Nossa linguagem não é a mesma expressada por quem detém o conhecimento técnico da doença que não é dele.
Quando vamos à uma consulta é necessário contar o que está acontecendo e o que estamos sentindo para que o profissional saiba qual o motivo nos levou à procurá-lo. Conversar sobre o assunto estimula o raciocínio, nos leva a pensar, a procurar os porquês e, assim, podemos ajudar o profissional descobrir a natureza do problema por nós relatado. Da mesma forma, o profissional ao responder nossas perguntas e explicar o significado da doença nos ajuda a entender o caminho do tratamento.
A essência do diálogo está baseada nos “porquês” que são expressos pelas partes, abrindo o caminho para definir o diagnóstico, que será ou não completado com exames auxiliares e, mais importante do que isso, a empatia decorrente da troca de informações constitui o início de um processo terapêutico bem-sucedido.
RACHEL ZANETTA